Estou a começar a estudar português, espero que seja pelo menos compreensível. Tenham piedade, por favor :')
Kizuita no anata ga konna ni mune no naga ni hiru koto
(Reparei a maneira como estás em meu coração)
Yuya estava deitado na cama, o rosto apoiado numa mão, ocupado a olhar para o mais novo com ar absorto.
Gostava de olhar para Chinen.
Não sabia explicar exatamente o que gostava, mas encontrava-se mais e mais frequente a fazê-lo, quase sem se aperceber de ter começado.
Esticou um braço para lhe roçar a pele nua do peito, sorrindo-lhe.
“Qual é a piada?” perguntou o mais novo, erguendo uma sobrancelha.
Takaki encolheu os ombros, sem parar de o acariciar.
Yuri revirou os olhos, logo se inclinou para a mesa de cabeceira ao lado da cama e tomou o maço de cigarros, ligando um.
Yuya suspirou, aproximando-se dele com ar de repreensão.
“Não devias fumar, e sabes isso.” disse-lhe, em tom calmo. Era pelo menos a centésima vez que lho repetia, e era pelo menos a centésima vez que Chinen o ignorava.
“Estamos fechados no raio dum quarto de hotel no décimo primeiro andar, com as cortinas fechadas e só há tu e eu. Duvido de que alguém me possa ver fumar, Yuuyan.” respondeu, amargo, logo sorriu. Fez deslizar o lençol debaixo da cintura e até os pés, descobrindo as pernas. “Talvez fosses tu que devias parar de fumar. Ou, pelo menos de me utilizar como cinzeiro.” acrescentou, indicando as raras queimaduras nas coxas.
Yuya corou, passando os contornos das cicatrizes com os dedos.
“Lamento.” disse, como se na realidade não fosse muito contrito. “Mas deixaste-mo fazer, certo?”
Chinen mordeu um lábio e abanou a cabeça, logo ficou sentado, montou nas pernas dele e pôs as mãos nos ombros dele.
“Não é por isso que estás comigo, agora?” murmurou, baixando-se e começando a beijar-lhe o pescoço. “Não é porque te deixo fazer coisas assim que estás comigo e não em casa com teu namorado?” perguntou, e o mais velho não pôde que suspirar.
“Não fales do Hikaru. Sabes que não gosto.” repreendeu-o, tentando afastá-lo, porém Chinen resistiu.
“Vá lá, Yuuyan... sabes que só te escarneço um bocado.” disse-lhe, com um sorriso travesso.
Levou a boca ao peito dele, lambendo suavemente, beijando-o, sem conseguir na mesma obter nenhuma reação.
“Não tenho vontade, Chii. Mesmo.” protestou fracamente, mas não conseguiu na mesma conter um gemido quando Yuri lhe roçou o sexo com a língua.
“Vamos... reservaste o quarto só para ficar sem fazer nada? A saber ia ficar em casa, Yuuyan.” provocou-o, levando-o outra vez para a boca e começando a chupar devagar, e não demorou muito em fazê-lo excitar.
Voltou acima dele, com olhar alusivo, e deixou que o mais velho o penetrasse com um empurrão firme.
Conteve um gemido de dor e fez-o mexer imediatamente, consciente de que o incómodo inicial iria passar cedo.
Estava acostumado já.
Continuava assim há quase seis meses.
Encontravam-se quando podiam, Yuya contava alguma historia a Hikaru para justificar sua ausência, e fechavam-se nesse mundo que parecia só deles, onde podiam fazer tudo o que queria.
Onde Chinen iria dar a Yuya tudo o que pedia, porque mais além da aparência arrogante, estava bem consciente de que não iria conseguir negar-lhe nada.
O mais velho mexeu-se depressa nele, apertou-lhe os quadris, arranhou-os, os olhos fixados para ele, fazendo-lhe sinal para se tocar porque não o iria fazer ele.
E Yuri sorriu, travesso, e baixou a cabeça em sinal de consentimento.
Começou a mexer a mão em sua ereção, depressa, tentando ir ao mesmo ritmo do que a ereção de Takaki em seu corpo.
Gostava de quando o olhava nessa maneira, excitado, como se somente olhar para ele o levasse ao limite.
Chinen acelerou o movimento do pulso e da mão, concentrando-se em seu prazer e no espetáculo que estava a dar ao mais velho, mas não conteve conter-se muito tempo antes de se vir na mão com um gemido mais alto do que os outros.
E foi suficiente por Yuya, porque atingiu o orgasmo por sua vez depois uns outros empurrões no corpo dele, um grito sufocado e as mãos que apertavam ainda mais seus quadris.
Chinen desmaiou ao lado dele, com um sorriso satisfeito, lançando-lhe o maço de cigarros antes de o maior ter de pedir.
Yuya suspirou, ligando um e ficando mais confortável contra a cama, fazendo sinal ao mais novo para se apoiar a seu peito.
Ficaram em silêncio durante uns minutos, absortos, antes de Takaki voltar a traçar com os dedos o contorno das queimaduras nas pernas de Chinen.
“Ainda doem?” perguntou, de repente preocupado.
Yuri encolheu os ombros, com ar distraído.
“Não muito. Acostumas-te depressa.” respondeu. Pelo canto do olho viu-o sorrir, antes de voltar a falar.
“Ou talvez na realidade gostes, certo Chii?” perguntou. “O Yamada nunca te fez algo assim, não é?” acrescentou depois em tom menos divertido.
Chinen franziu o sobrolho sem responder.
Entendia, afinal, o que queria dizer Yuya ao dizer que não queria falar de Hikaru.
Embora as duas situações fossem diferentes, embora ele não namorasse mais com Ryosuke há muito tempo já, não gostava de ouvir o nome dele.
Ignorando a pergunta, e consciente do que Yuya conhecia bem a resposta, fez-o deslizar para baixo até ficar deitado, logo se aconchegou contra ele.
“Podemos dormir assim, Yuuyan?” perguntou num murmúrio, enquanto o mais velho se ria.
“Claro que podemos.” respondeu, em tom mais terno do que habitualmente.
Chinen apertou-se mais a ele, respirando o cheiro da pele dele, aquecendo-se nisso.
Era uma coisa que adorava.
“Quando tens de te ir embora amanhã?” disse, como se não quisesse mesmo lho perguntar.
“Não disse ao Hikaru quando ia voltar de Osaka. Então, em teoria, posso voltar quando quiser.” foi a resposta do mais velho, que começara distraidamente a acariciar-lhe o cabelo.
Yuri mordeu um lábio, respirou fundo e obrigou-se a fazer a pergunta seguinte.
“Podias vir ter comigo.” disse depressa, corando. “Quero dizer, a minha casa.” explicou logo após. “Eu sei que te divertes a jogar o amante e ir para o hotel, mas não vejo a necessidade. Aliás, já que podes dizer ao Hikaru que continuas fora, porque não aproveitar disso?” terminou, falando muito depressa.
Yuya ergueu uma sobrancelha, perplexo pelo comportamento dele, mas não fez perguntas.
“Não tenho muda de roupa, Chii.” fez-lhe reparar, franzindo os lábios.
O mais novo voltou sentado, olhando para ele com um ar que Yuya teria definido... emocionado?
“Podia ir comprar-te alguma coisa, amanhã. Algo para ficar em casa.” propôs, em tom prático.
“Posso ir comprar algo sozinho, não é isso o problema.”
Chinen mordeu um lábio e baixou os olhos.
“Não, vou fazê-lo eu. Quero fazer-te um presente.” murmurou, tomando-lhe distraidamente a mão e começando a brincar com os dedos dele.
“Então... obrigado.”
O mais novo sorriu abertamente, excitado, e agarrou mais firmemente o pulso dele.
“Vais precisar até duma escova de dentes, talvez vá num conbini ao voltar para casa. E uma navalha e a espuma de barbear.” acrescentou, roçando com as costas da mão o rosto de Takaki. “Começas a picar, Yuuyan.”
Takaki riu-se, levou uma mão ao rosto dele e fez a mesma coisa.
“Assim se alguém tivesse de vir visitar-te podias dizer que começaste a fazer a barba.” escarneceu-o, sorrindo.
Chinen afastou-lhe a mão, fingindo-se irritado.
“Olha, começou a crescer no queixo. Um pouco.” disse, levantando a cabeça e indicando-se. Vendo que Yuya parecia prestes a negar, voltou imediatamente a falar. “Vou tomar até uns chinelos, assim vais tê-los na próxima vez que vais voltar.” continuou, absorto.
Yuya ficou por trás dele, cercou-o com os braços e apoiou o queixo no ombro dele.
“Posso utilizar um par dos dos hóspedes, Chii. Não é preciso preocupares-te.” murmurou ao ouvido dele.
“Porém quero.” interrompeu-o Yuri, apercebendo-se logo após ter utilizado um tom muito brusco. “Desculpa. Mas... gostava de te sentires em casa, é isso.” disse-lhe, corando ligeiramente antes de mudar de assunto. “O quê queres fazer amanhã à noite?” perguntou, virando-se para ele com ar interrogativo.
“Bem, podíamos ver um fi...” começou a dizer, antes de se deter e abanar a cabeça. “Desculpa. Às vezes esqueço que não gostas dos filmes.” corrigiu-se, com um sorriso.
“Não, está bem se quiseres ver um filme. Não é que os odeio, bem... não lamento.” apressou-se a negar Yuri, hesitando.
“Sim?” o tom de Yuya era irónico, enquanto olhava para Yuri mais e mais confuso. “E de que filmes gostas exatamente?”
Chinen entrou em pânico.
Levantou os olhos para a televisão, deixada ligada e sem volume, e indicou-a.
“Esses.” disse, firme.
Takaki esbugalhou os olhos e olhou para o ecrã.
“Os filmes de guerra, Chii?” perguntou, mais do que duvidoso, enquanto o mais novo acenava vigorosamente com a cabeça.
“Sim. Gosto, sim. Podíamos ver o com o Ninomiya-san, desse diretor americano... o famoso...” disse, sofrendo na tentativa de se lembrar do nome.
Takaki caiu na gargalhada, inclinou a cabeça para trás e quase bateu na cabeceira.
“O Clint Eastwood, Chii. É 'Cartas de Iwo Jima'.” informou-o, abanando a cabeça por ter tido seus suspeitos confirmados. “Esquece, mesmo. Não é preciso esforçares-te. Podemos até ver um desenho animado, eu prefiro.” disse-lhe, inclinando-se em frente para o ver.
O mais novo suspirou e acenou com a cabeça.
“Está bem, um desenho animado é melhor. O quê queres ver?” perguntou, deixando-se ir entre os braços dele e apoiando a cabeça no ombro dele.
Takaki pensou nisso, logo sorriu.
“Querias ir ver o quarto filme de Shrek quando estreou no cinema, não é? Podíamos ver isso.” propôs.
Chinen ficou tenso, sentou-se e virou-se para ele.
“Sim, queria vê-lo Yuuyan. Para ser exato, prometias-me que me ias levar vê-lo, e logo...” começou a dizer, mas foi interrompido por uma careta do mais velho.
“Ah, esqueci!” suspirou, passando-se uma mão nos olhos. “Tivemos já esta discussão, Chii. O Hikaru pedi-mo e eu disse que sim. Lamento, esqueci ter-to prometido. Desculpei já, não é preciso de mo lembrares.” disse-lhe, de repente irritado.
Yuri ergueu uma sobrancelha, irónico.
“Claro que esqueceste. Porquê devias lembrar-te de ter feito uma promessa a mim, quando podias ir com o Hikka?” repreendeu-o, sem poupar a amargura ao pronunciar o nome do mais velho. “Afinal, quando o Hikka quer fazer alguma coisa, estás lá para satisfazer seus desejos, certo?”
Takaki olhou para ele por uns instantes, antes de abanar a cabeça e ficar do seu lado da cama, virando as costas e suspirando.
“Sabes Chii, não é preciso de te lembrar que és um miúdo. É suficiente que te escutes quando falas para o reparar.” disse-lhe, em tom neutral.
Odiava quando se comportava nesse modo. Odiava quando lhe lembrava seus erros, quando mostrava aquele estúpido sentido de rivalidade com Hikaru.
Levantou um braço para apagar a luz, porque não queria continuar com a conversa.
Ele tentava, mesmo.
Estava lá com ele nessa altura, não com Hikaru.
Era com ele que desabafava quando havia problemas, era com ele que gostava de passar seu tempo, era com ele que se fechava no raio dos quartos de hotel, quando não queria ver ninguém, quando não queria passar seus dias com outra gente exceto Chinen.
E ouvi-lo falar assim magoava-o, exatamente porque ele tentava.
Fechou os olhos com a intenção de adormecer e adiar a discussão ao dia seguinte, quando sentiu uma mão de Yuri no ombro.
Resfolegou e virou-se outra vez, tentando ver as feições do mais novo na escuridão.
Até assim, achou ver umas lágrimas no rosto dele.
Fingiu ignorá-las, sabendo bem que lhe dizer para não chorar iria pô-lo incómodo.
“O quê se passa, Chii?” perguntou, tentando não parecer brusco.
“Lamento, Yuu.” murmurou o mais novo, baixando os olhos e aproximando-se dele, deixando-se abraçar. “Eu sei que exagero. Eu sei que não o fizeste deliberadamente e que só o esqueceste. Eu...” suspirou e fechou brevemente os olhos. “Devia simplesmente parar de pensar que tudo seja um ataque pessoal.” terminou, e pelo tom dele Yuya conseguiu reparar quanto lhe custasse dizer isso.
Estava confuso pelo comportamento dele essa noite.
Até na escuridão do quarto podia ver a expressão atormentada dele, os olhos ainda cheios de lágrimas e aquele ar triste no rosto dele, uma tristeza que ele não sabia explicar.
Inclinou-se para ele para o abraçar mais uma vez e beijou-lhe uma têmpora.
“Eu sei, Chii. Também lamento ter ficado zangado.” tranquilizou, ainda não seguro do que ia pela cabeça do mais novo.
Ficaram em silêncio por algum tempo na escuridão, Chinen voltara deitado acima dele. Yuya começava a achar que tivesse adormecido, quando o ouviu falar.
“Estou contente.” disse somente, em tom relaxado e sereno, e fez sorrir o mais velho.
“Estás contente?” repetiu, como se não acreditasse. “Porquê?”
Yuri encolheu os ombros, virando-se ligeiramente para ele.
“Porque estou contigo. Sempre estou contente quando estou contigo, Yuuyan.” respondeu, com simplicidade.
Yuya fez uma careta e começou a acariciar-lhe distraidamente um braço.
“Não podes ser contente por tão pouco, Chii. Não podes ser contente porque nós vemos às escondidas quando consigo ficar livre e logo voltamos para as respetivas casas.” disse, com amargura.
Chinen encolheu os ombros e franziu o sobrolho.
“Porém estou. E se não for contigo, com quem o devia ser?” perguntou, amargo.
Takaki suspirou, e esperou uns segundos para responder, como se não o quisesse fazer.
“Com alguém com quem queres passar tudo teu tempo. Alguém com quem gostavas de viver. Alguém que amas. E... e que te ame.”
Olhou de passagem para o mais novo.
Na escuridão não conseguia ver bem o rosto dele, mas sentia-o nos braços, sentia o fôlego dele tornar-se mais pesado, como se estivesse a ofegar, e perguntou-se o que disse de errado.
“Podias ser tu.” murmurou depois, em tom apenas audível.
Yuya esbugalhou os olhos e deixou-o ir como se queimasse.
“O quê disseste?”
“Podias ser tu, Yuya.” repetiu Chinen, a voz mais firme. “Podias ser a pessoa com quem quero ficar. Podias ser o com quem quero viver, com quem quero ficar. Podias...” interrompeu-se e suspirou. “Eu amo-te, Yuy.”
O mais velho ligou instintivamente a luz para o poder ver, para se poder certificar que não estivesse a brincar.
Estudou a expressão dele, e encontrou-o serio o suficiente para acreditar.
Mas não sabia o que responder, não sabia como reagir à declaração súbita. E viu o rosto dele tornar-se mais e mais sombrio à medida que ele deixava passar o tempo sem lhe dizer nada.
“Chii, eu...” começou, mas o mais novo interrompeu-o.
“Não importa, Yuuyan. Achavas-me serio? Naturalmente estava a brincar, só queria ver como ias reagir. Eu... eu tenho ao Yamada, certo? Ele ama-me e eu amo ele, só fizemos uma pausa, mas as coisas vão ir melhor, tenho a certeza disso. Lamento, não te queria assus...”
Yuya puxou-o para si, apertando-o em seus braços, fazendo-o calar.
“Yuri...” murmurou ao ouvido dele, enquanto Yuri tendia o braço para apagar outra vez a luz, como se a escuridão o reconfortasse, como se não quisesse que Yuya olhasse para seus olhos.
“Chama-me outra vez, Yuu.” disse-lhe baixinho, fechando os olhos.
“Yuri.” repetiu Yuya, apertando-o mais forte. “Eu... estou surpreendido, desculpa. És importante para mim. És especial, sempre foste.” começou a dizer, mas foi interrompido outra vez.
“Não é preciso dizer nada, Yuya. Mesmo, não me importo.” Chinen soltou o abraço, levou as mãos para os ombros do mais velho e tentou empurrá-lo para o colchão. “Quero fazer sexo, Yuuyan. Não falamos mais disso, está bem?” disse-lhe depressa, tentando montar acima das pernas dele.
Takaki lançou-lhe um olhar irritado, agarrou-lhe os pulsos e manteve-o quieto.
“Yuri!” repreendeu-o. “Deixa-me acabar, por favor, e não chegues a conclusões precipitadas. Nem acima de mim.” acrescentou, irónico. “Eu amo-te, Yuri.” disse logo, com simplicidade, como se fosse alguma coisa que sempre pensou sem se atrever a dizê-la.
Houve um instante de silêncio pesado após essas palavras.
Chinen não estava convencido, Yuya reparara. Olhava para ele, o sobrolho franzido e o ar de quem queria desesperadamente acreditar nele, mas sem riscar magoar-se.
“Eu amo-te, Yuri. Há meses as coisas com o Hikaru não correm bem. Praticamente acabou entre nós, embora nenhum dos dois o queira admitir. Porquê achas que fui assim contigo ultimamente? Porquê achas que me aproximei tanto? Amo-te, Yuri, nada mais.” terminou, mordendo um lábio.
Chinen não acrescentou mais nada.
Abraçou-o, apertou-o e deixou-se apertar, e Yuya sentiu o rosto húmido dele contra seu ombro, mas não disse nada.
“Então...” murmurou Yuya, a voz rouca. “Temos de comprar a roupa amanhã, certo? E a navalha e a escova de dentes.” disse-lhe, em tom coloquial.
Chinen afastou-se, rindo-se e secando os olhos.
“E os chinelos. E vou ter de te comprar uma chávena pelo pequeno-almoço.” acrescentou, sem parar de sorrir.
“Aliás vamos ter de pôr uma foto de nós nas prateleiras. Não tens nenhuma.” suspirou, feliz. “Fazemos alguma coisa amanhã? Vamos algures?” propôs logo, acariciando-lhe o rosto com as costas da mão.
Chinen pensou nisso, logo sorriu.
“Yokohama. Quero ir lá.” respondeu, contente.
Yuya acenou com a cabeça, deitou-se e levou o mais novo consigo, fazendo-o apoiar contra seu peito.
“Então Yokohama.” aceitou, com um sorriso travesso. “Meu carro, minha música. Vamos ouvir os KAT-TUN, sabes certo?”
Chinen levantou ligeiramente a cabeça.
“Ambos sabemos que vamos ouvir os Arashi, Yuuyan.”
“És despótico.” queixou-se o mais velho, sem parar de sorrir.
“E tu tens gostos discutíveis em termos de música.”
“Não é verdade! Tu gostas dos Arashi só porque estás apaixonado pelo Ohno-kun!”
“Ciumento, Yuu?”
O mais velho abanou a cabeça, ergueu uma sobrancelha e esqueceu a conversa.
Abraçou outra vez Chinen, virando-o para ficar em frente a ele, e beijou-lhe os lábios.
“Amo-te, Chinen Yuri.” murmurou.
Yuri apertou-se a ele e suspirou, feliz.
“Também te amo, Takaki Yuya.”